As fases da vida de um motociclista.

Caros leitores estou no ramo motociclistico a alguns anos, e como um bom observador, percebi que existem inúmeras diferenças existentes entre o pessoal da velha guarda e os novatos. Dessa forma vou elencar a escala evolutiva do motociclista (é necessário salientar que toda regra tem sua exceção).

Fase 1 – Penduricalhos a mil...

Quando o motociclista começa a ter contato com os moto encontros, o mesmo fica entorpecido com a quantidade de quinquilharias que nesses locais são vendidas, produtos para customizar e enfeitar a moto são vendidos “à quilo” e normalmente o novato compra tudo que sua moto comporta, como: bolha, cabeça de águia para colocar no pára-lama dianteiro, parafusos personalizados para placa,sissi bar, franja de guidão, protetor de tanque feito em couro, faróis de milha... é infinita a quantidade de cacarecos vendidos nesses locais, e... saiba de uma coisa... o novato quer colocar todos apetrechos em sua moto, transformando-a em uma carro alegórico (alguns chegam ao ponto de dar inveja à Joãozinho 30). P.S1:O maior desejo do motociclista é ser aceito em um moto clube e mostrar sai “maquina” a todos.

P.S2:Nessa fase, o motociclista normalmente é dono de uma custom japonesa.     

Fase 2 – O purista.

Depois de transformar a moto em uma alegoria, o motociclista se cansa desse visual pesado e deseja “limpar” sua moto. São admitidos agora, somente itens essenciais para viagem como alforjes, bolha (os mais puristas não as aceitam) e no máximo o mata-cachorro... o pior de tudo isso é que os puristas ficam enchendo o saco dos que estão na primeira fase, e não se lembram que eles mesmos eram adeptos aos penduricalhos.

Fase 3 – O radical.

A fase de purista cansa, ver a moto em seu estado imaculado chega a ser deprimente, parece que a moto não tem a sua cara, ela é um simples produto de uma linha de montagem... Com esse fato em vista, o motociclista transforma-se em um ser radical, que quer fazer da moto, a extensão de sua personalidade, com isso as modificações tornam-se mais pontuais como: modificação do escape, alargamento do pneu traseiro, cromagem de determinadas peças e etc... Em minha humilde opinião essa é a fase mais interessante da vida do motociclista, pois é momento onde a moto fica mais bonita e “radical”.

P.S:Nessa fase o motociclista é normalmente dono de uma moto americana.

Fase 4 – O renegado.

Depois de anos como integrante de um moto clube, e passar pelas três fases iniciais, o motociclista tem uma epifania, e renega escudos, viagens em grupo e tem como sua única e leal parceira, a motocicleta; esta normalmente continua nos moldes da fase 3, o que muda são as atitudes e o jeito de se vestir do motociclista. Cabelos compridos, barba longa, jaquetas e coletes de couro não são mais itens de viagens ou eventos motociclisto, são itens do dia-a-dia.

Fase 5 – O preguiçoso.

Depois de anos em cima de uma moto, viajando pelos quatro cantos do mundo, a vida de motociclista cansa, o peso da moto, a posição de pilotam detonando as costas... o motociclista começa a olhar de forma diferente para o triciclo... um meio de transporte grande, auto-equilibrado, com poder de carregar mais de uma pessoa e mais bagagem... no fim das contas, com o peso da idade torna-se insustentável e o triciclo é uma boa pedida para o motociclista... (Uma bela aposentadoria)