Desde de meados dos anos 90 vem surgindo no Brasil, uma gama enorme de moto clubes e moto grupos, mas... o que são esses tais moto clubes? No decorrer das décadas de 20 e 30 nos EUA, jovens se reuniam em grupos para apostarem corridas em lagos secos ou a beira de praias, com o final da Segunda Guerra Mundial, os ex-soldados que voltavam aos EUA modificavam suas motos (Harley Davidson, Indian), para deixá-las mais parecidas com as motos européias (mais leves e velozes), criando dessa forma as motocicletas no estilo Chopper e Bobber.
Os entusiastas dos referidos modelos de motocicletas reuniam-se em grupos para viajar por todo EUA, tais grupos tinham nomes de regimentos do exercito Americano que serviram na Segunda Guerra como os Hell Angels e os War Dogs. No decorrer das décadas de 70 e 80 os moto clubes ganharam notoriedade e má fama por causa do tráfico de drogas, brigas e assassinatos cometidos por integrantes de moto clubes. A cara amarrada, roupas de couro, barba e cabelos longos, montam todo estereótipo do motociclista... No Brasil os moto clubes foram “montados” aos moldes americanos seguindo estatutos, organogramas ou acordos de cavalheiros, tem normalmente um presidente, vice-presidente e diretoria (membros responsáveis pela administração do moto clube), outro ponto que os motociclistas tupiniquins importaram dos EUA, foram os escudos (emblemas usados em coletes ou jaquetas).
No Brasil, o moto clubes são formados por uma gama infinita de tipos de profissionais, quem tem como prazer andar de moto e curtir tudo que elas tem a proporcionar, dessa forma, retirando o rótulo (mesmo que aos poucos) de arruaceiros que está embutido no senso comum.
Para ter maior contato e conhecer mais como é um moto clube, vá até um moto encontro... verás que é embriagante o clima desses encontros...
Motoclube é o coletivo de babaca.
ResponderExcluirTambém signfica uma reunião de boçais com roupas de couro num calor de 30º, com infinitos pinduricalhos nas roupas e nas motos, tudo com uma única itenção: chamar o máximo de atenção de quem estiver ao redor...
Essa desesperada busca por reconhecimento é ainda maior nos boçais dos boçais: a turma de babacas ao quadrado que idolatra a marca Harley Davidson... Como se recebessem uma bênção do seu senhor branco da América do Norte, esses cucarachas se acham "wasps", e dariam tudo pra pegar na benga gringa de pelúcia do Mickey Mouse na "Route 66"...
Pertenço a outra turma, a turma dos odiados, dos malditos e malvistos motoQUEIROS...
Motoqueiros, porque motociclistas são vcs, não é mesmo?
Sou da turma que está sobre duas rodas de segunda à segunda, de dia e de noite, com sol, chuva; e se cair neve no Brasil, lá estamos nós com a nossa correria, entregando de pizzas a córneas, de documentos à drogas (não podemos abrir correspondências), de remédios para o coração à cosméticos para cachorrinho de madame...
Nossa "estrada-mãe" não é a Route 66, é a BR-116, que trouxe nossos pais e avós de pau-de-arara, e que alguns de nós enfrentamos com as nossas valentes e odiadas CG's para para passar as férias motorizado com parantes no Nordeste...
Alguns de nós rodam até 400Kms POR DIA, distância que a maioria dos "motociclistas" não roda em um ano, e os "harleiros" não rodam em uma vida...
Sou um motoboy...
Como Sancho Pança do romance "Dom Quixote", de Miguel de Cervantes, monto um jumentinho sem nome, um jumentinho de lata, fiel e valente, rústico e sem velocidade, mas com uma resistência de dar a volta ao mundo... Alias, se a terra tem a circunferência de 36.000Kms na altura do Trópico de Capricórnio, então eu dou a volta ao mundo uma vez por ano, e alguns de nós a cada 90 dias...
Também como Sancho Pança e seu asno em relação à Dom Quixote de La Mancha, sou eu o lado racional e utilitário do veículo motocicleta; em contraposição à imbecilidade, à soberba e ao ridículo do nobre Quixote e seu garanhão branco de nome Rocinante...
Dom Quixote sente desdém por Sancho e sua classe, assim como os autodenominados "motociclistas" sentem nojo, repulsa e ódio por aqueles que eles denomianam de "motoqueiros"...
Mas nós, "motoqueiros", não sentimos nada contra vcs, motociclistas de merda, que só tem pompa e circunstância, adereços e cerimônias, belas máquinas com os hodômetros zerados... Temos o asfalto incrustrado em nossa pele, ossos quebrados e cicratizes que vcs não tem, unhas sujas de graxa pela manuntenção básica que nós mesmos fazemos (como os antigos motociclistas de eras passadas), nos ajudamos uns aos outros, e a vcs também, se estiverem parados em uma estrada por falta da manutenção básica que vcs delegam a outros...
Nós estamos aqui, quer vcs queiram ou não, entregando a sua pizza em um dia de chuva, chutando o retrovisor da sua esposa madame que dirige com o cachorrinho no colo, te xingando em uma terça à tarde, vc em um SUV, nós em nossa CG...
E de domingo de manhã, quando vc tem a coragem de tirar o seu Rocinante de aço da garagem, peço que respeite a mim e a minha heroína quando parar ao nosso lado no farol: lembre-se que estaríamos rodando ainda que aquela manhã fosse chuvosa; e que amanhã talvéz não estejemos mais vivos, ou com as nossas pernas funcionando para acionar os pedais da nossa honrada e valente CG...
Fabio Henrique Elorza
Estou entrando para um motoclube que não tem nada a ver com o que acabastes de escrever.
ExcluirNão possuo uma harley, to sem emprego ultimamente por conta do exército, já fui motoboy e não mudei meu jeito de ser por andar com uma cg. E nem mudei agora que eu tenho uma moto um pouco melhor e me envolvo no meio do motoclube.
Não pegue a escória de motoclubes para montar um esteriótipo tosco.